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Expediente
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Manejo
de Dejetos |
A preservação ambiental, preocupação básica de qualquer sistema de produção, deve estar presente em qualquer atividade, em especial no manejo dos dejetos e rejeitos de animais. Prioritariamente os dejetos devem ser usados como adubo orgânico, respeitando sempre as limitações impostas pelo solo, água e planta. Quando isso não for possível, há necessidade de tratar os dejetos adequadamente, de maneira que não ofereçam riscos de poluição quando retornarem
à natureza.
Manejo dos dejetos
Uso dos dejetos como fertilizante
Geração de energia pela biodigestão anaeróbia
dos dejetos
Outros materiais poluentes
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Manejo dos dejetos |
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- Estabelecer um projeto de coleta, armazenagem, tratamento, transporte
e disposição dos dejetos de acordo com as características da propriedade
(Referências n° 15 e 16);
- Quando houver área suficiente para o uso dos dejetos como fertilizante
orgânico, construir esterqueiras para armazenamento do dejeto, com tempo
de retenção mínima de 120 dias, recomendado pelos Órgãos de Fiscalização
Ambiental;
- Não havendo área suficiente para recebimento de dejetos, maximizar
e valorizar a produção de lodo ou composto para atender à capacidade de absorção
da propriedade e tratar o excesso de acordo com a Legislação;
- Adotar sistema de separação de fases (decantador) combinado com sistemas
de tratamento como lagoas anaeróbias, facultativas e de aguapé;
- Dimensionar o decantador de acordo com a característica dos dejetos
e da vazão diária e as lagoas, através da carga orgânica gerada diariamente;
- Utilizar tecnologias de tratamento dos resíduos, tanto
da fase líquida, através de sistema de lagoas (Referência n° 34) para remoção dos nutrientes
e do odor, quanto da fase sólida, através do processo de compostagem ou geração
de biogás;
- Manter as calhas de coleta de esterco dos suínos (Figura 6) com líquido
suficiente para cobrir o esterco (água de desperdício de bebedouros e urina).
A água não deixa as larvas das moscas viverem no esterco;
- A água de limpeza com desinfetante deve ser desviada para um sumidouro
para não atrapalhar a fermentação do esterco;
- Se a canaleta externa de coleta de esterco for muito rasa ou for em
desnível, que não permita a manutenção da água, raspar o esterco para a esterqueira duas vezes por semana, antes das larvas das moscas formarem o casulo;
- O esterco misturado à maravalha, usada na maternidade ou em outras
baias de animais, deve ser destinado à compostagem em leiras cobertas com
lona plástica ou em composteiras construídas em alvenaria (Referência n° 30).
Figura 6. Sistema de manejo de dejetos líquidos e resíduos da desinfecção.
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Uso dos dejetos como fertilizante |
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A segurança sanitária é
um item que também deve ser levado em conta na reciclagem dos
dejetos. Para diminuir os riscos envolvidos na reciclagem dos
dejetos e a disseminação de organismos potencialmente prejudiciais
a humanos, animais e/ou ao ambiente, além de todos os cuidados
sanitários aplicados aos rebanhos, mostra-se prudente assegurar
um tempo mínimo de retenção de 30 dias para a decomposição dos
dejetos em sistemas anaeróbios ativos, antes de utilizá-los como
fertilizante.
O reaproveitamento dos dejetos como fertilizante na propriedade
requer área disponível e distanciamento dos corpos d'água (rio,
córrego, açude, nascentes, lagoa, etc.). A disposição do resíduo
no solo deve obedecer aos seguintes critérios:
- Proceder à análise do solo;
- Seguir as recomendações de segurança sanitária;
- Não ultrapassar a capacidade de absorção do sistema
solo planta;
- Utilizar técnicas adequadas de conservação do
solo;
- Procurar utilizar o plantio de espécies exigentes
em N e P.
Os dejetos de suínos são um composto multinutriente,
cujos elementos encontram-se em quantidades desproporcionais
em relação aos assimilados pelas plantas. Quando os dejetos
são aplicados ao solo com base na demanda total das plantas,
de qualquer um dos elementos N-P-K, os demais geralmente estarão
em excesso. Com o acúmulo de nutrientes no solo, surge o risco
de fitotoxicidade às plantas e de perdas de nutrientes por
erosão e lixiviação, que poderão causar a poluição das águas
e do solo, cuja gravidade será tanto maior, quanto menos se
observar o princípio do balanço de nutrientes e as boas práticas
agronômicas.
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Geração de energia pela biodigestão anaeróbia dos
dejetos |
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O gás resultante da digestão anaeróbia dos dejetos (biogás) pode
ser utilizado na produção de energia. Utilizando o processo de
produção de gás com lona de PVC, colocada sobre o depósito de dejetos,
há uma redução do custo de implantação, redução dos níveis de
patógenos e do poder poluente, redução de odores e substituição
de combustíveis como lenha, GLP e energia elétrica (Referência
n° 29). O biogás pode ser utilizado para aquecimento de aviários,
banheiros e instalações para suínos.
Tabela 17. Volume de biodigestor (BIOD), produção diária
de biogás (BIOG) e biofertilizante (BIOF), de acordo com o dimensionamento
do rebanho.
Nº de
Matrizes |
BIOD
(m3) |
BIOG
(m3/d) |
BIOF
(kg/d) |
12
|
25
|
12
|
1000
|
24
|
50
|
25
|
2000
|
36
|
75
|
37
|
3000
|
60
|
125
|
62
|
5000
|
Fonte: (Referência
n° 20) Konzen (1983). |
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Outros materiais poluentes |
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Os materiais poluentes como lixo e embalagens também devem ser
objeto de preocupação, seguindo procedimentos adequados de armazenamento
e disposição, a saber:
- Armazenar em recipientes com
tampa, frascos e embalagens usadas de medicamentos e desinfetantes
ou outro produto veterinário, encaminhando-os à postos de coleta
locais ou regionais.
Dar destino adequado a todo
o lixo produzido no sistema de produção, de forma a não causar nenhum
dano ao ambiente.
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