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Expediente
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Gerenciamento |
A propriedade suinícola é uma unidade de produção, operando com um capital (próprio e empréstimos financeiros) e trabalho (familiar
e assalariado), devendo gerar um resultado econômico que remunere os investimentos e aporte lucro.
De nada adianta um bom planejamento se não forem utilizados
mecanismos de controle do desempenho da atividade e de seus
funcionários. Para garantir o sucesso da atividade deverão ser
adotados métodos eficientes de gerenciamento.
Para ter sucesso na atividade, o produtor necessita saber como
e quanto produzir e, principalmente, para quem vender a produção.
Nas decisões de médio e longo prazos, o gerenciamento desempenha
papel preponderante em função das constantes mudanças que ocorrem
nas tecnologias, nos preços dos insumos e produtos e nas políticas
agrícolas, que levam ao produtor riscos e incertezas.
Organização Administrativa
Contratação de Pessoal
Gerente de produção
Tratadores
Treinamento
Controle da atividade e indicadores de
produtividade
Aspectos sociais
Higiene e segurança do trabalhador
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Organização Administrativa |
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A organização administrativa das propriedades suinícolas está
diretamente relacionada com as suas dimensões. A necessidade de
racionalização dos procedimentos administrativos cresce à medida
que aumenta a dimensão da empresa suinícola.
Nas pequenas granjas a subdivisão de tarefas é mínima. O pequeno
produtor de suínos geralmente auxiliado por membros da família,
cultiva a terra, trata dos animais e ainda exerce todas as tarefas
administrativas, tais como: decidir como e quando plantar, uso
de insumos, compras, vendas, aplicação e uso de medicamentos,
descarte de reprodutores etc.
À medida que a dimensão da empresa suinícola aumenta, o número
de pessoas envolvidas na atividade, embora não na mesma proporção,
também aumenta. Isso porque, além de ganhos de escala, a "automatização"
é um fator que contribui para reduzir a necessidade de mão-de-obra.
Na medida que o tamanho da propriedade aumenta, o produtor deve
buscar maior nível de especialização, para reduzir custos e minimizar
riscos.
Objetivando aumentar o poder de barganha tanto na compra de insumos
como na venda do produto final, os produtores devem buscar formas
associativas como:
- Associação em condomínios ou cooperativas, que pode levar
os produtores a obterem melhores preços na compra de insumos
e na venda de suínos;
- Criação de estruturas associativas de mercado para incrementar
a comercialização de carne suína "in natura", como
forma de ampliar o mercado consumidor.
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Contratação de Pessoal |
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Normalmente a necessidade de pessoal
pode ser definida com base no número de matrizes do sistema
de produção. A relação de um homem para cada 50 matrizes é aceita
quando o sistema não utiliza a automação das atividades.
De todos os componentes relacionados com os níveis de produtividade, o funcionário é, sem dúvida, o mais importante, pois através de suas ações e interesse, é gerado grande parte do resultado
econômico do sistema de produção de suínos. Os custos com mão-de-obra
em um Sistema de Produção de Suínos (SPS) representam de 6% a 18% do custo de produção.
Considerando o grau de responsabilidade, pode-se classificar os funcionários em gerente de produção, responsáveis por setores
específicos e/ou tratadores.
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Gerente de produção |
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O gerente de produção pode ser definido como sendo o responsável
pelo (SPS), isto é, a pessoa que coordena
a equipe de trabalho. O gerente deve transformar oportunidades
e desafios em resultados. Um bom gerente de produção é aquele
que aposta em si mesmo, na sua capacidade de realizar da melhor
forma possível todo e qualquer trabalho por mais difícil que
ele seja.
As características essenciais do gerente são: liderança; assiduidade;
conhecimento e controle da atividade; organização; iniciativa;
capacidade de trabalho e asseio.
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Tratadores |
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O tratador deve ser um indivíduo que possui conhecimento básico
sobre suinocultura, capacidade de organizar seu tempo, avaliar
as prioridades, manter em dia os serviços de rotina, saber reconhecer
as alterações do estado de saúde dos animais e propor soluções
para os problemas.
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Treinamento |
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Os funcionários devem ser capacitados para exercer as atividades/tarefas
a eles confiadas. Portanto, na escolha de pessoal deve-se optar
por aqueles que já detêm conhecimento na atividade. Não havendo
esta possibilidade, cursos de capacitação deverão ser implementados.
Estrategicamente, todos os funcionários deverão saber fazer
todas as atividades inerentes ao sistema. Isso assegurará continuidade
em caso de falta momentânea de um determinado funcionário. Logo,
os funcionários deverão ser capacitados para as atividades a
serem desenvolvidas nas diferentes fases de produção, tais como,
reprodução, gestação, maternidade, creche e crescimento e terminação.
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Controle da atividade e indicadores de produtividade |
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Atualmente existem no mercado "softwares" específicos para a avaliação
técnica e econômica da atividade suinícola. Estes "softwares" constituem-se
em ferramentas muito úteis ao criador, permitindo um acompanhamento
mais detalhado dos resultados da atividade e auxiliando na tomada
de decisão. Como exemplo, cita-se o programa ATEPROS, desenvolvido
pela Embrapa Suínos e Aves (Referência
n° 19).
Na falta de um "software" para o controle dos índices técnicos e
econômicos do sistema de produção, deve-se estabelecer uma forma
alternativa manual que atenda às necessidades mínimas de controle
da produção e da produtividade. Em ambos os casos, via "software"
ou manual, é necessário manter a identificação dos animais e utilizar
fichas de controle em cada fase de produção.
- Identificação dos animais: a identificação dos reprodutores
permite acompanhar o desempenho reprodutivo e a dos outros
animais o desempenho produtivo. A identificação dos animais
pode ser feita através de tatuagem, brinco ou mossa.
- Fichas de controle: o preenchimento de fichas é importante
para o controle do rebanho suíno. Dentre elas, destacam-se
fichas de controle de porcas, de machos, de coberturas, de
leitegadas, de compras de animais e alimentos, de vendas de
animais, de despesas gerais, de movimento de animais dentro
da granja, de vacinações e de consumo de ração.
Além da observação dos valores
críticos e metas estabelecidas para cada fase, o produtor deve
manter um controle rigoroso de todas as compras e vendas para
garantir um acompanhamento econômico/financeiro da atividade.
Dentre os indicadores de gerenciamento técnico do sistema, destacam-se
a conversão alimentar do rebanho e o número de leitões produzidos
por porca por ano.
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Aspectos sociais |
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É na qualidade da mão-de-obra, na relação empregado-empregador
e na capacidade de motivação dos funcionários que o criador
tem, hoje, grande possibilidade de melhorar o desempenho técnico
e financeiro de sua empresa.
Cada funcionário deve ser remunerado, no mínimo, de acordo com
a legislação trabalhista. Uma estratégia interessante para a
melhoria dos índices de produtividade é a adoção de um sistema
de premiação para os funcionários, o qual pode ser um percentual
de ganho a mais para cada meta superada num dado período de
tempo, como exemplo, número de suínos terminados por matriz por
ano. Esse procedimento visa estimular os funcionários para a
busca constante de melhores resultados na atividade.
Deve-se buscar a motivação constante dos funcionários através
de reuniões e treinamentos. Esforços devem ser implementados
no sentido de manter na escola todos os filhos dos funcionários.
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Higiene e segurança do trabalhador |
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Há necessidade de estabelecer procedimentos básicos de higiene
e obediência de normas vigentes de segurança no trabalho.
O gerente ou o responsável pela equipe de trabalho deverá exigir dos empregados que lavem as mãos antes e após manejar os animais e
utilizem vestimentas e equipamentos adequados ao manejo de resíduos.
Deve-se monitorar periodicamente a saúde dos trabalhadores nas
áreas de produção. As ocorrências referentes à saúde e segurança
no trabalho deverão ser registradas em fichas de acompanhamento
e arquivadas em um setor específico.
Especial atenção deve ser dada quanto ao armazenamento e manuseio
de produtos químicos. Esses devem ser armazenados em locais específicos,
ventilados e bem sinalizados. Os trabalhadores capacitados a manusear
produtos químicos devem ser treinados para utilização dos Equipamentos
de Proteção Individuais (EPIs) e para a obediência dos preceitos
de higiene pessoal.
Deve-se garantir instalações adequadas para alimentação e higiene
pessoal de trabalhadores rurais, bem como manter um programa
de higienização e renovação de suprimentos nos sanitários.
Todos os empregados deverão ser capacitados para a adoção de boas
práticas de higiene pessoal e manejo dos animais.
Dispor, em local de fácil acesso, de uma lista de telefones úteis
como bombeiros, pronto socorro, laboratórios de análises, órgãos
de pesquisa, ambientais, de extensão e fiscalização. |
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